quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ariano Suassuna na Visão de Adirson

por Adirson Vasconcelos

O Brasil reverencia a vida e a obra de Ariano Suassuna.
Depois de 87 anos de inestimáveis serviços à cultura brasileira, é convocado, em 2014, no dia 23 de julho, para uma aula-espetáculo nos paramos celestiais.
Paraibano radicado no Recife, Ariano é o autor do Auto da Compadecida, de projeção internacional, seja pelas traduções pelo mundo afora seja pelas imagens da televisão ou do cinema.
Membro da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira 32, a partir de 1990, sendo recebido pelo também nordestino Marcos Vinicios Vilaça.
O presidente da Casa de Machado de Assis, escritor Geraldo Holanda Cavalcanti, logo ao receber a notícia, expressou palavras de solidariedade à família, aos membros da ABL e à multidão de amigos e admiradores do consagrado dramaturgo, destacando e valorizando o significado do trabalho de Ariano no resgate da cultura sertaneja e nordestina, através de obras imorredouras.
O crítico Sábato Magaldi considerou o Auto da Compadecida “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”. Autor, também, de A Pedra do Reino, A Farsa da Boa Preguiça, Torturas do Coração. Da Compadecida, ninguém esquece o João Grilo e Xicó! Deu mais um título a Nossa Senhora, a Compadecida. Em 2014, estava escrevendo O Jumento Sedutor.
Para Ariano Suassuna, “a vida é uma coisa bonita; um espetáculo bonito”. Conhecemo-nos, na década de 1950, apresentados pelo jornalista Antonio Camelo e pelo poeta Mauro Mota, na porta do centenário Diário de Pernambuco. Tinha paixão pelas coisas do Brasil, pelo povo brasileiro. Sempre de bom humor. Vivia a simplicidade de um homem sertanejo. Sua esposa, dona Zélia, foi sua fonte de inspiração, de incentivo e de disciplina, principalmente. Em tudo o que fazia, colocava entusiasmo, paixão. Amigo, principalmente dos jovens, que eram seus discípulos. Um retrato de Ariano é bem feito no documentário O Sertão, O Mundo de Ariano Suassuna, do cineasta Douglas Machado, apoiado pela ABL.
Deixa uma obra. É o seu legado a esta e outras gerações. Já está na História. Ariano Suassuna é imortal!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Evaldo Cabral e Zuenir Ventura disputam a ABL

por Roberta Pennafort - AE

O jornalista Zuenir Ventura e o historiador Evaldo Cabral de Mello vão oficializar esta semana suas candidaturas à sucessão de João Ubaldo Ribeiro na Academia Brasileira de Letras. Ubaldo morreu na última sexta-feira, 18.

A sessão da saudade, que marca a abertura das candidaturas, seria na quinta-feira, 24, mas foi antecipada para esta quarta-feira, 23, por conta da mesa-redonda que celebrará o centenário do acadêmico Evaristo de Moraes Filho. Após a sessão, qualquer brasileiro nato com ao menos um livro publicado pode se inscrever para o pleito, pelo período de um mês. As eleições deverão ser em outubro ou novembro.

A disputa deverá ser mesmo polarizada entre Zuenir, jornalista de 83 anos e autor de best-sellers como 1968: O Ano que Não Terminou e Cidade Partida, e Cabral, de 78 anos e considerado um dos maiores historiadores brasileiros vivos. O primeiro tem cabos eleitorais como Arnaldo Niskier e Merval Pereira; o segundo, Eduardo Portella e Alberto da Costa e Silva.

Os últimos eleitos tiveram mais facilidade: Antônio Torres, que entrou na vaga deixada por Luiz Paulo Horta (1943-2013), e Fernando Henrique Cardoso, que sucedeu João de Scantimburgo (1915-2013), concorreram apenas com candidatos nanicos, sem relevância nacional. Este deve ser o caso de Ferreira Gullar, cuja vitória é dada como certa na eleição para a cadeira de Ivan Junqueira, que morreu no último dia 3.

"Na última eleição, eu tinha resolvido me candidatar, mas como o Antônio Torres, que é meu amigo, estava disputando, eu retirei, pra abrir espaço para ele. Ubaldo era meu amigo, a morte dele foi um choque, então não quero me antecipar muito. Candidato não deve ficar dando entrevista", disse Zuenir.

"Encaro a concorrência naturalmente. Infelizmente, não tive o prazer de conhecer o Ubaldo", comentou Cabral, irmão do poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999), que foi da ABL. Ele não cogitou se candidatar na sucessão do irmão. "Eu não aceitaria. As vagas na ABL não são de família".



Fonte: Estadão Conteúdo

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Zuenir Ventura e Milton Hatoum contam suas experiências do regime militar


Com mediação do comentarista e cronista Sérgius Gonzaga, Zuenir e Hatoum foram questionados sobre suas atividades na literatura e no jornalismo, no período da ditadura militar, para um auditório lotado de escritores locais, fãs e estudantes, que também tiveram oportunidade de fazer perguntas.
Emocionado por ter seu nome no principal espaço da Feria do Livro de Canoas, Zuenir Ventura destacou a receptividade dos canoenses e comentou seu livro “1968: O Ano que Não Terminou”, que retrata fatos conturbados que marcaram o Brasil e o mundo no ano que nomeia a obra. Este livro foi descrito por Sérgius como “uma síntese de jornalismo e história”.

Gerações
O escritor paraibano, que atualmente mora no Rio de Janeiro e é colunista do Jornal O Globo, também falou sobre a obra complementar “1968: O que fizemos de nós”, que faz o comparativo entre as gerações das décadas de 1960 e 2000. Com essa experiência, contou ele, chegou até a ir a uma festa rave. Sobre a principal diferença entre uma e outra geração, Zuenir Ventura citou a sintonia que existia no mundo na década de 1960, que não existe nas atuais tribos que denominam os jovens contemporâneos.
Com o humor sutil que lhe caracteriza, Zuenir Ventura ainda lembrou sua época de estudante universitário e os importantes professores que passaram por sua vida, entre eles o poeta Manuel Bandeira. O convidado de honra da Feira destacou que “o professor pode fazer muito pela leitura”. 

Adaptação
Hatoum, escritor amazonense, que terá seu best seller “Dois irmãos” adaptado para a TV, confidenciou que começou sua carreira como escritor de romances durante o exílio, na Espanha, e comentou que a narrativa de "Dois Irmãos" deve muito a Machado de Assis, um de seus escritores preferidos, ao lado de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. “Os jovens precisam aproveitar mais os clássicos”, afirmou, salientando também que a boa leitura não pode estar relacionada com a obrigação. “A pior coisa é obrigar alguém a ler”, reforçou.

Zuenir Ventura e Milton Hatoum elogiaram a Feira, destacando que iniciativas como essa possibilitam a divulgação de escritores de todo o Brasil e possibilitam a aproximação com o público.
Esta atração da Feira integrou o DNA do Brasil - 50 Anos do Golpe Militar, projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), com apoio do Unilasalle.

Crédito da notícia: Jornalista Rosilaine Pinheiro - MTE 17242
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EVALDO CABRAL DE MELLO
Nasceu no Recife em 1936 e atualmente mora no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia da História em Madri e Londres. Em 1960, ingressou no Instituto Rio Branco e dois anos depois iniciou a carreira diplomática. Serviu nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados, e também nas missões do Brasil em Nova York e Genebra e nos consulados gerais do Brasil em Lisboa e Marselha. É um dos maiores historiadores brasileiros, especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu vários livros, como Olinda restaurada (1975), sua primeira obra, Rubro veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda, e O negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses. Sobre a Guerra dos Mascates e a rivalidade entre brasileiros e portugueses em seu Estado natal publicou A fronda dos mazombos (1995). Escreveu também O norte agrário e o Império (1984), O nome e o sangue(1989), A ferida de Narciso (2001) e Nassau: governador do Brasil Holandês(2006), este para a Coleção Perfis Brasileiros, da Companhia das Letras. É organizador do volume Essencial Joaquim Nabuco, da Penguin-Companhia das Letras.

sf/

domingo, 20 de julho de 2014

ACORDO ORTOGRÁFICO

Cara senhora Isolete Calheiros
Nossos cumprimentos!
Venha participar deste evento da Academia de Letras de Brasília.



 ACORDO ORTOGRÁFICO

Dia 10 de setembro. Dia Mundial das Línguas. Momento de reflexão linguística!
Lá se foi o trema...
O país desenvolverá em Brasília, nos dias 10 a 12 de setembro próximo, o mais importante evento linguístico- ortográfico, denominado Simpósio Linguístico-ortográfíco da Língua Portuguesa, reunindo os oito países lusófonos.
À frente deste magno projeto se encontra a Academia de Letras de Brasília, que visa debater e sugerir às autoridades governamentais dos países envolvidos estudos no que concerne à linguística e à ortografia, a fim de proporcionar colaboração democrática na consecução do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ora sub examine, no Brasil, até 31 de dezembro de 2015, conforme Decreto n° 7.875, de 21.12.2012.
A Presidente Dilma Vana Roussef  alterou o prazo de vigência!
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, ora integrantes da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), sob a liderança de seu Presidente – diplomata Murad Isaac Miguigy Murargy, reúnem-se a buscar pontos convergentes de vários entendimentos, em África, Ásia, América e Europa.
Actualmente ou atualmente, tanto faz, a Guiné Equatorial deverá incorporar-se à CPLP, constituindo-se a nona nação usuária da Língua de Camões.
Neste mundo globalizado, onde a língua universal é a inglesa, como já foi a francesa, o latim, deve-se relembrar a frase lapidar do ex- presidente da Academia das Ciências de Lisboa, imortal  Adriano Moreira – A Língua transporta valores!
O simpósio visa a análise científica do idioma, razão pela qual foram convidados doze expoentes dessas vertentes, como João Malaca Casteleiro ( Academia das Ciências de Lisboa), Evanildo Cavalcante Bechara ( Academia Brasileira de Letras), Luis Passegi (Associação Brasileira de Linguística), Deonísio Silva ( Academia Brasileira de Filologia), Daniel Leonard Everett ( Bentley University), Maria Helena de Moura Neves ( Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho),  Solange Maria da Rocha ( Instituto Nacional de Surdos e Mudos), Maria Odete Santos Duarte ( Instituto Benjamim Constant), Ulisses Riedel ( Ensino do Esperanto), Ernani Pimentel ( Projeto Acordarmelhor), Dad Squarisi ( Correio Braziliense), Francisco Adalberto Nóbrega ( a importância do latim).    
A Academia de Letras de Brasília convidou todas as academias de letras dos estados brasileiros, bem como as municipais, a integrarem este evento magno para que possam, de forma transparente e respeitosa, oferecer seus entendimentos, suas críticas e sugestões, enfeixando os mais diversos pensares do território nacional e dos países envolvidos.
Verdadeiro cadinho a céu aberto, onde os participantes possam amalgamar estas matérias, de forma livre, sem amarras institucionais, ofertando aos seus governos subsídios fundamentais.
O Simpósio Internacional Linguístico-ortográfico da Língua Portuguesa deverá constituir-se num marco referencial na Capital da Esperança, imperdível.

José Carlos Gentili
Presidente da Academia de Letras de Brasília

sexta-feira, 18 de julho de 2014

JOÃO UBALDO NA VISÃO DE ADIRSON.

por Adirson Vasconcelos

          Itaparica está menor. E o Brasil, também.
Perdemos João Ubaldo, que morreu neste 18 de julho de 2014.
Seu nome completo:  João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro.
Antes de tudo jornalista!  Na Bahia, em Sergipe, no Rio de Janeiro,  em Portugal, na Califórnia do Sul, na França e  na Alemanha. Filho de professor.
Sua consagração veio, também, pela literatura, com o romance   Sargento Getúlio, de 1971. Consta na Lista dos Cem Melhores Romances Brasileiros do Século. Quando escreveu Setembro Não Tem Sentido era um jovem de 21 anos.
O mérito literário de João Ubaldo o credenciou  à Academia Brasileira de Letras, onde ingressou, em 1994, sendo recebido pelo também baiano Eduardo Portella, para assento na Cadeira 34, patroneada por  Sousa Caldas e ocupada, sucessivamente, por Pereira da Silva, Barão do Rio Branco, Lauro Muller, Dom Aquino Correia, Magalhães Júnior e Carlos Castelo Branco, a quem sucedeu, ao ser eleito  em 1993.
Quando soube do seu passamento, o presidente da ABL, escritor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, disse palavras de pesar e conforto à família enlutado, aos amigos de Ubaldo e a todos os  que fazem a grandeza da Casa de Machado de Assis.
O estilo e a espontaneidade de João Ubaldo  fazem-no parecido com Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. E estes, com Ubaldo. Suas paisagens e suas figuras humanas são nordestinas. O seu bom humor é eterno!
João Ubaldo não morreu! Está vivo na memória das gerações que o leem e nele encontram o amor pelas letras, pelo saber e pelo espírito cívico de brasilidade. Ubaldo se fez imortal, quer  na Academia quer no coração e nas mentes dos brasileiros. O momento é de esperança!

Presidência interina

Prezados confrades,
comunico-lhes que, por estarem ausentes de Brasília o presidente e o vice-presidente de nossa Academia de Letras de Brasília, assumi a presidência, interinamente, até o retorno de um dos dois titulares.
 
Atenciosamente,
 
Tarcízio Dinoá Medeiros
Diretor-secretário

quinta-feira, 17 de julho de 2014

ACORDO ORTOGRÁFICO


Dia 10 de setembro. Dia Mundial das Línguas. Momento de reflexão linguística!
Lá se foi o trema...
O país desenvolverá em Brasília, nos dias 10 a 12 de setembro próximo, o mais importante evento linguístico- ortográfico, denominado Simpósio Linguístico-ortográfíco da Língua Portuguesa, reunindo os oito países lusófonos.
À frente deste magno projeto se encontra a Academia de Letras de Brasília, que visa debater e sugerir às autoridades governamentais dos países envolvidos estudos no que concerne à linguística e à ortografia, a fim de proporcionar colaboração democrática na consecução do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, ora sub examine, no Brasil, até 31 de dezembro de 2015, conforme Decreto n° 7.875, de 21.12.2012.
A Presidente Dilma Vana Roussef  alterou o prazo de vigência!
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, ora integrantes da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), sob a liderança de seu Presidente – diplomata Murad Isaac Miguigy Murargy, reúnem-se a buscar pontos convergentes de seus falares, em África, Ásia, América e Europa.
Actualmente ou atualmente, tanto faz, a Guiné Equatorial deverá incorporar-se à CPLP, constituindo-se a nona nação usuária da Língua de Camões.
Neste mundo globalizado, onde a língua universal é a inglesa, como já foi a francesa, o latim, deve-se relembrar a frase lapidar do ex- presidente da Academia das Ciências de Lisboa, imortal  Adriano Moreira – A Língua transporta valores!
O simpósio visa a análise científica do idioma, razão pela qual foram convidados doze expoentes dessas vertentes, como João Malaca Casteleiro ( Academia das Ciências de Lisboa), Evanildo Cavalcante Bechara ( Academia Brasileira de Letras), Luis Passegi (Associação Brasileira de Linguística), Deonísio Silva ( Academia Brasileira de Filologia), Daniel Leonard Everett ( Bentley University), Maria Helena de Moura Neves ( Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho),  Solange Maria da Rocha ( Instituto Nacional de Surdos e Mudos), Maria Odete Santos Duarte ( Instituto Benjamim Constant), Ulisses Riedel ( Ensino do Esperanto), Ernani Pimentel ( Projeto Acordarmelhor), Dad Squarisi ( Correio Braziliense), Francisco Adalberto Nóbrega ( a importância do latim).    
A Academia de Letras de Brasília convidou todas as academias de letras dos estados brasileiros, bem como as municipais, a integrarem este evento magno para que possam, de forma transparente e respeitosa, oferecer seus entendimentos, suas críticas e sugestões, enfeixando os mais diversos pensares do território nacional e dos países envolvidos.
Verdadeiro cadinho a céu aberto, onde os participantes possam amalgamar estas matérias, de forma livre, sem amarras institucionais, ofertando aos seus governos subsídios fundamentais.
O Simpósio Internacional Linguístico-ortográfico da Língua Portuguesa deverá constituir-se num marco referencial na Capital da Esperança, imperdível. 

José Carlos Gentili
Presidente da Academia de Letras de Brasília

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O Legado Da Copa

por Raul Canal

Eu tenho oito, dez, tenho doze anos...
Tenho sonhos, faço planos,
Nunca vi o Brasil campeão
Por isso, com patriotismo,
Sinceridade, otimismo
Implorei na televisão:
- a propaganda era chapa branca,
mas minha ansiedade era franca -
JOGA PRA MIM SELEÇÃO.

A estréia no Itaquera,
Com alma pura e sincera,
Me pintei verde e amarelo.
Não festejei, pois foi feio,
O primeiro gol do torneio,
Embora contra, foi do Marcelo.
Atuação medíocre, fraca
Apresentação cinza e opaca
Ineficiência, ineficácia....
O Felipão prometeu
Venceu, mas não convenceu
No três a um sobre a Croácia.

Segundo jogo seria moleza
No Castelão, lá em Fortaleza
O opositor era o México.
Me envergonhei, sou sincero
No tímido zero a zero,
Resultado anoréxico.
O Fred nem se mexia
E a escrete parecia
Um time de paraplégicos.

Terceiro jogo, que maravilha,
Na Capital Federal, Brasília,
Na arena do Mané,
Até o Fred desencantou
Um gol de cabeça marcou,
Iludindo a nossa fé.
Nas oitavas, daí prá frente
Tudo seria diferente,
Empolgaram-se os bolões.
Sem vaidade e sem afronta
A equipe pareceu pronta:
Quatro a um nos Camarões.

Nas oitavas, veio o Chile
No Mineirão, seria um desfile
Dos heroicos "canarinhos"
Todavia, nos defendemos
O tempo do todo dos chilenos
Outro resultado mesquinho.
Zero a zero no tempo regular
Na prorrogação, nem o Neymar
Conseguiu fazer um 'golzinho'.
Para nosso desespero e lástima
Só nas penalidades máximas
O jogo se consumou.
Não foram nossos artilheiros
Mas a mão santa do arqueiro
Júlio Cesar que nos salvou.

Nas quartas, os colombianos
Nossos latinos hermanos,
Por supuesto, mui calientes,
Dois a um, nosso placar
Mas perdemos o Neymar,
O único competente.
Nenhum ortopedista ousa explicar
Como um 'rodillazo' na lombar
Produz ONZE DEFICIENTES.

Sem Neymar, o nosso mago,
Também perdemos Thiago,
Com suas duas amareladas,
A descrença era tamanha
Na semifinal com a Alemanha,
A derrota era esperada.
Dois a zero seria justo,
Mas ninguém previa o susto
E a vergonhosa goleada.
Sete a um já nos comove
Poderia ser oito ou nove
- Passa boi... passa boiada! -
Tamanho fiasco não se mede
Botaram a culpa no Fred,
Mas o pobre NÃO FEZ NADA.

Restava a consolação
Da terceira colocação,
O que, para a fraca seleção,
Já seria uma proeza.
Um obedece, outro manda...
Mesmo plano tinha a Holanda
Mas com muito mais firmeza.
O carrossel holandês,
Um por um, enfiou três
Na nossa pífia defesa.

Diz a Bíblia e nela cremos
Que ao pó todos voltaremos
Porque viemos do pó...
Felipão vê se me "popa"
Quem ganha a guerra é a tropa
E ninguém vence uma Copa
Com time de um craque só.

No futebol sempre fomos gênios
Mas não sejamos ingênuos
Que a política é cretina
Enganam-se alguns todo o tempo,
Ou todos por algum tempo,
Mas a verdade se descortina.
Vencemos Croácia, Colômbia e Camarões,
Mas gastamos trinta bilhões
Fazendo palco para a Argentina.

Argentina que foi valente,
Latina, como nós, sangue quente
Com gingado e muita manha.
Mas nessa Copa foi diferente
Venceu o mais competente
E não quem tem artimanha
O "fair play" é mui louvável
E o título incontestável
Quem mereceu foi a Alemanha.

Não tenho oito, dez e nem doze anos:
Quarenta e nove - Sou veterano.
E o futebol me interessa.
Lembro do tri em setenta,
Vi o tetra, assisti o penta
E ainda quero ver o hexa.
Me orgulho em ser brasileiro
TODO DIA, O ANO INTEIRO.
Não só na Copa ou no Carnaval.
Sou verde, amarelo e azul anil,
Para amar o meu Brasil,
Não preciso do Mundial.
Tudo À Pátria e DELA nada.
Chame a isso patriotada.
Eu chamo de amor filial.

terça-feira, 15 de julho de 2014

terça-feira, 8 de julho de 2014

UMA RÉPLICA EM POESIA

por Murilo Moreira Veras



Nesta hora, outros eflúvios espirituais me iluminam
e alguma tristeza me faz pesar o coração,
Os destinos da Pátria foram selados.
Mas a que custo?
A custo da incerteza, de enxovalhada liça eleitoral,
repleta de mentiras e desfaçatez,
enganosas falas e distorcidos fatos.
Ao invés da verdade, prevaleceu o sofisma.
Ao invés da justa palavra, valeu a ofensa, o arbítrio
de uma facção, um partido.
Ao invés da ficha limpa, venceu a ficha suja,
um registro policial derrubou um boletim de excelência escolar,
o fanatismo empanou a razão.
Vitória retumbante? Não foi,
cerca de 72 milhões se mantiveram contrários,
em vanguarda,
contra ideologia tão espúria.
Tal como os 100 espartanos que defenderam
em Telesponto a pátria grega ameaçada!
Os setenta e dois milhões somos nós
Não nos calaremos diante da infâmia,
não trocaremos a liberdade pelo estatismo,
o ferrete da neocomunização,
tributária da implantação de
um governo mundial, desumano,
totalitário,  de uma Susupertecnocracia Global.
Que não se iludam os que nos querem
alienados e mortos.
Enquanto tivermos voz, gritaremos.
Enquanto tivermos braços, lutaremos.
Nossas armas a dignidade do Saber
os caminhos da Sabedoria,
os instrumentos, o clamor da justiça,
e o Sol da Razão.
Não adianta o sorrir, mostrar-se santinha,
a malícia transluz e provem da alma.
O que nos incomoda e muito, não é a pessoa em si,
o que nos horroriza é o que está por detrás,
o monstro ideológico, a ânsia do poder,
a vacuidade e o nihilismo moral do ideário.
Não somos rebanho nem sombras errantes.
Não buscamos a salvação pelo terror e pela massificação.
Somos seres humanos marcados pelo ideal cristão,
pelo amor fraterno, a graça nos revigora e nos eleva,
nos une e nos predispõe a esperar
o Novo Reino, como cidadãos do Céu,
a viver ainda neste nosso mundo.
Meus Amigos, oxalá amanhã não nos amordaçem
a boca e não nos amarrem os pés
– e também a alma –
com os infamantes grilhões
do laicismo estatal ateu!


Bsb, 01.11.10

 

Texto do acadêmico Carlos Ayres Britto no Correio Braziliense

www.correiobraziliense.com.br

sábado, 5 de julho de 2014

Ata de Assembleia Extraordinária




Aos vinte e seis dias do mês de junho de dois mil e quatorze, em Brasília, Distrito Federal, às onze horas e trinta minutos, no salão Belle Époque, do Hotel Nacional, em segunda chamada, reuniu-se em Assembleia Extraordinária a Academia de Letras de Brasília, atendendo à convocação do seu presidente, feita por edital expedido via Correios e por meio eletrônico (internet), nos seguintes termos: “Edital de Convocação. O Presidente da Academia de Letras de Brasília, no uso das suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4º combinado com o art. 6º, § 1º, do Regimento Interno, CONVOCA os senhores acadêmicos para uma Assembleia Geral, a realizar-se no dia 26 de junho próximo, às 11h, no Hotel Nacional, com o fim de tratar da eleição da diretoria para o período 2014/2016, obedecida a seguinte ordem do dia: 1. prestação de contas do primeiro semestre de 2014; 2. leitura do relatório do confrade Murilo Moreira Veras sobre as atividades desenvolvidas pela Academia; e, 3. eleição e posse imediata da diretoria eleita. Brasília, 15 de maio de 2014. JOSÉ CARLOS GENTILI, Presidente. O diretor de comunicação, acadêmico Fagundes de Oliveira, chamou os acadêmicos José Carlos Gentili, presidente, Romildo Teixeira de Azevedo, vice-presidente, Tarcízio Dinoá Medeiros, diretor-secretário, Amador de Arimathéa, diretor-tesoureiro, e Murilo Moreira Veras, relator das atividades da Academia, para terem assento à mesa diretora dos trabalhos. O presidente José Carlos Gentili deu por aberta a sessão, comunicou que os acadêmicos ausentes estavam devidamente justificados por estarem fora de Brasília, por motivo de compromissos funcionais ou, ainda, por motivo de saúde, e ressaltou estarem presentes, como convidados especiais, os acadêmicos eleitos e ainda não empossados Adirson Júnior, João de Assis Mariosi e Wílon Wander Lopes. Em seguida, passou a palavra ao diretor de comunicação para dar sequência aos atos previstos no edital de convocação, pelo que o diretor-tesoureiro fez breve esclarecimento de que a Academia não devia valor algum e estava aguardando contribuições para a edição da Coletânea 2014. Após, o acadêmico Murilo Moreira Veras leu seu bem elaborado e lúcido relatório das atividades exitosas desenvolvidas, tanto relativamente à publicação de livros por acadêmicos e também a coletâneas editadas pela Academia, bem como visitas por grupos de acadêmicos ou por seu presidente a outras academias literárias no país e no exterior, o que representava bem a importância cultural de que se revestia a nossa entidade cultural, considerada, já, referência na Capital Federal. O presidente, então, passou a presidência dos trabalhos ao vice-presidente para dirigir a eleição, o qual perguntou ao diretor-secretário se, em cumprimento ao Edital de 15 de maio último, que abrira prazo para apresentação de candidaturas aos cargos de diretoria, havia sido apresentada alguma lista de candidatos, e lhe foi respondido que só uma chapa, denominada Crescimento, lhe fora transmitida, constituída pelos seguintes candidatos: para a Diretoria – Presidente: José Carlos Gentili, Vice-presidente Romildo Teixeira de Azevedo, Diretor-secretário Tarcizio Dinoá Medeiros, Diretor-tesoureiro Amador de Arimathéa, Diretor de Comunicação Evaldo Feitosa, Diretor Vogal Adirson Vasconcelos, Diretor Cultural Raul Canal; para o Conselho Fiscal – Francisco Catunda Martins, Francisco Adalberto Nóbrega e Lindberg Cury, e para suplentes Arlete Sylvia, Ena Galvão e Jane Godoy. O diretor de comunicação propôs, então, que considerando haver sido apresentada uma única chapa de candidatos aos cargos de direção fosse a eleição feita por aclamação, proposta aprovada por unanimidade pelos presentes. O vice-presidente considerou empossada a diretoria e passou a presidência dos trabalhos de volta a José Carlos Gentili, que agradeceu a confiança depositada por seus pares na diretoria, falou sobre a próxima grande realização da Academia, que será o Simpósio Internacional sobre o Acordo Ortográfico, a ser realizado no período de 10 a 12 de setembro vindouro, em Brasília, do qual participarão, como expositores, autoridades linguísticas brasileiras e de outros países. Em seguida, declarou encerrada a assembléia, à qual estavam presentes os acadêmicos José Carlos Gentili, Romildo Teixeira de Azevedo, Fagundes de Oliveira, Tarcízio Dinoá Medeiros, Murilo Moreira Veras, Innocêncio Viégas, Diniz Felix dos Santos, Lindberg Cury, Walmir Campelo, Iran de Lima, Ena Galvão, Edylcéia De Paula, Adirson Vasconcelos, José Luiz Pereira de Moura, Ronaldo Pinheiro Rocha e Francisco Catunda Martins. Do que, para constar, eu, Tarcízio Dinoá Medeiros secretário, lavrei esta ata que, depois de lida e aprovada, vai assinada por mim e pelo presidente José Carlos Gentili.




TARCÍZIO DINOÁ MEDEIROS                                                     JOSÉ CARLOS GENTILI